PAPA NO BRASIL > Vinda do pontífice pode fortalecer influência da igreja católica no país

Do Ceará Agora

As alas mais progressistas da Igreja Católica no país, que viram sua influência diminuir com o avanço dos grupos católicos carismáticos e dos evangélicos nos últimos tempos devem ganhar um novo fôlego com a visita do papa Francisco ao Brasil. O argentino Jorge Mario Bergoglio logo que foi escolhido papa adotou seu nome como homenagem a são Francisco de Assis e desde então vem dando em seus discursos e ações ênfase à pobreza e à desigualdade social.
Papa Francisco disse que buscaria uma “igreja pobre e para os pobres”, lavou os pés de menores infratores na semana da Páscoa e criticou o uso de carros de luxo por padres. Em sua agenda no Brasil, está incluída visitas a um hospital e uma favela do Rio de Janeiro e um encontro com jovens detentos. O papa chega ao Brasil nesta segunda para participar da Jornada Mundial da Juventude.
Para muitos religiosos, gestos como os que Francisco tem feito podem ajudar a fortalecer correntes que questionam a desigualdade e defendem o uso da igreja como uma espécie de alavanca para promover transformações sociais.
“Francisco quer reforçar que a igreja vá às ruas e esteja próxima dos mais simples”, diz o padre e teólogo João Batista Libanio, jesuíta como Francisco. “Os setores mais críticos, com padres com trabalho pastoral junto às camadas populares, vão se sentir mais prestigiados.”
Com o apelo do papa Francisco para que os católicos se voltem para os pobres, há a expectativa de que algumas bandeiras da Teologia da Libertação sejam recuperadas, mas não mais com o viés ideológico das décadas passadas, ao qual, inclusive, o papa se opõe com clareza.

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