Esta matéria foi vinculada no blog do jornalista Eliomar de Lima no O POVO ONLINE.
O advogado Leandro Vasques, que representa 10 acusados pela Operação Miragem, realizada pelo Ministério Público Estadual em Quixadá, mandou para o Blog uma nota. Ele trata sobre matéria em que o MP aponta para possível vazamento de informações durante essa operação do órgão. Eis a nota:
Caro Jornalista Eliomar de Lima,
Na qualidade de advogado constituído, represento 10 dos 15 investigados da denominada “Operação Miragem II” e confesso haver sido colhido de surpresa quando li hoje a matéria hospedada na página 18 deste conceituado periódico, dando conta do “vazamento” da aludida operação.
Cumpre-se de logo informar que EU MESMO REQUERI a Sra. Juíza da 2ª. Vara de Quixadá que requisite a INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL para se apurar tal criminoso “vazamento”.
Chegou ao meu conhecimento que uma legião de residentes naquela cidade de Quixadá presenciou a movimentação de profissionais jornalistas oriundos (pasme!) de São Paulo, INTEGRANTES DO PROGRAMA “PROFISSÃO REPÓRTER” DA REDE GLOBO DE TELEVISÃO e que os mesmos estariam na aurora da última Quarta-feira (dia 31/06) ACOMPANHANDO o cumprimento dos mandados de Busca e Apreensão e Prisão Temporária. Inclusive, inúmeros “blogs” que fazem a cobertura daquela região do Sertão Central relataram esse inusitado cenário em postagens de hoje. (vide: http://jaimearantes.blogspot.com.br/2013/07/operacao-miragem-quixada-acorda-sob.html?showComment=1375294994915 ; http://centralquixada.blogspot.com.br/2013/07/operacao-miragem-ii-secretarios.html , por.ex.)
De fato, por demais sintomático tal “vazamento”…mas era de se esperar, afinal, até jornalistas do Sudeste já sabiam.
Por outro lado, colho o ensejo para postular que oportunamente registre que TODOS os meus constituintes, há mais de um mês e meio (desde 10 de juNHO), têm manifestado espontâneo interesse em prestar esclarecimentos à autoridades constituídas. Endereçamos requerimentos nesse sentido ao Ministério Público e ao Judiciário (anexos). Curiosamente ninguém quis nos ouvir. Quando é agora, somos surpreendidos por um inexplicável pedido de prisão. Alto lá. Sempre estivemos sentinelas e à disposição das autoridades.
Cabe a indagação: Por que não colheram nossa versão? Por que razão as operações são midiaticamente deflagradas e depois requentadas e deflagradas novamente sem jamais oportunizar o direito de ser ouvido? A estas perguntas, restam um ruidoso silêncio como resposta…
Agradeço a cortesia da atenção e a publicação da presente manifestação.
Com o melhor dos abraços.
* Leandro Vasques,
Advogado.
Fonte: BLOG DO ELIOMAR
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