Audiência avalia trânsito quixadaense


O diretor-superintendente do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), Almeida Viana, avaliou as dificuldades e conquistas do órgão nos últimos 10 meses em audiência pública na quinta, 8 de outubro. Para uma platéia de quase 70 pessoas que lotou o plenário, ele afirmou que gerenciar o trânsito de Quixadá é um verdadeiro desafio. “A falta de obediência às normas, a intransigência e a falta de bom senso dos condutores contribuem para que o trânsito fique problemático”, disse. O limitado espaço no Centro, agravado pela necessidade de carga e descarga dos caminhões nos comércio, foi outra dificuldade apontada.

Almeida também lembrou as conquistas do DMT no período de sua gestão:
- Capacitação do pessoal, participando de curso no Detran;
- Reimplantação do Sistema Integrado de Trânsito;
- Recadastramento de 254 mototaxistas e de 169 automóveis de aluguel;
- Realização de blitzs com maior intensidade;
- Sinalização vertical e horizontal das ruas da cidade;
- Instalação de mais quatro semáforos;
- Instalação de barreiras eletrônicas em pontos estratégicos da cidade;
- Implantação de programas de educação para o trânsito.

Os números de acidentes no trânsito quixadaense também foram apresentados. Segundo o diretor-superintendente, de agosto de 2007 a agostos de 2009 foram registrados 1.021 acidentes, sendo que 91,6% foram originários de motos e 3,63% de carros. As consequências forma traumas graves em 31,6% dos casos; muito grave em 2,25% e 10 vítimas fatais.

Os vereadores Zé Maria (DEM), Pedro Baquit (PSDB), César Augusto (PSDB) e Cí (PSDB) questionaram sobre a denúncia de que agentes de trânsito tinham uma cota mínima mensal de multas para aplicar por dia. “A existência de uma cota é ilegal e imoral”, defendeu Cí. Já Zé Maria requer que, se comprovada a cotização, todas as infrações sejam anuladas. César Augusto, por sua vez, disse que esse procedimento é uma pressão psicológica contra os agentes.

O líder da bancada petista, Ivan Benício (PT), defendeu a apuração das denúncias, mas, segundo ele, se o DMT agisse com rigor, a quantidade de multas seria dobrada. “É preciso um trabalho de conscientização de todos para que assim tenhamos um trânsito cidadão”, concluiu. Já Dadá Almeida (PT) não acredita que os agentes de trânsito se submeteriam a tal expediente porque são pessoas idôneas. “Por que agente trânsito lavrou 170 multas e outro quatro durante o mesmo período?”, questiona o líder da bancada governista Kleber Junior (PT).

“Cobrei uma fiscalização mais intensa e exigi que fosse cumprida a escala de horários”. Assim se defendeu o diretor-superintendente Almeida Viana das supostas denúncias de alguns agentes de trânsito. “A única meta exigida foi que os agentes cumprissem sua carga horária. Os agentes que não cumpriram a determinação de ocupar seu posto foram os que menos lavraram multas”, revelou. Sobre a retirada de comissão dos agentes, Almeida explicou que não é da competência do DMT, mas da Secretaria da Administração. Ao fim, o diretor-superintendente disse que espera a ajuda dos vereadores e da população quixadaense para encontrar soluções para as dificuldades do trânsito do município.


Fonte: www.camaraquixada.ce.gov.br

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