Ressaltar a importância da construção da Usina de Biodiesel para o Estado do Ceará, esse foi o objetivo da audiência pública que aconteceu na tarde desta quinta-feira, (20/08), no Complexo das Comissões da Assembléia Legislativa.
A solicitação foi da deputada Rachel Marques (PT), propositora do debate que informou que desde a construção da Usina de Biodiesel em Quixadá (UBQ) “formam gerados 1.200 postos de trabalhos diretos, formando e qualificando mão de obra”. A parlamentar parabenizou ainda a toda a equipe da Usina que completa um ano no município de Quixadá.
Segundo a deputada, o sucesso da implementação da UBQ conta com a parceria do poder público local, com a participação efetiva da Prefeitura de Quixadá e do Governo do Estado. Ela ressaltou "que uma verdadeira cadeia produtiva foi criada, e vem impactando positivamente a vida dos agricultores familiares do nosso Estado, principalmente dos que residem no sertão central".
O presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, informou que a ampliação das metas do Governo Federal para o biocombustível nos próximos anos, levará ao aumento significativo da demanda. Miguel apresentou ainda o Programa Nacional do Biodiesel, que tem por objetivo alavancar a produção e atender ao crescimento das demandas.
Ele informou que no Brasil existem três usinas que produzem o biodiesel, e que no Ceará “as outras duas estão localizadas nos estados da Bahia e Minas Gerais, o programa tem alguns obstáculos a serem ultrapassados, como a baixa qualidade do solos, a baixa produtividade de mamona e girassol”. Segundo ele, o biodiesel cearense é produzido, basicamente, com algodão e soja. Ele disse que a estratégia da Petrobras para superação dessas dificuldades, é o apoio aos agricultores familiares que residem na área de atuação da usina.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, Camilo Santana, o Ceará vive um momento importante, por ter sido agraciado com uma das três usinas de biodiesel da Petrobras no Brasil. “Esse foi um investimento que veio gerar trabalho e renda para os nossos agricultores”, afirmou.
Para Antônia Ivoneide, representante da Coordenadoria Estadual do Movimento Sem-Terra (MST), com a implantação do programa, foi lançado um novo olhar sobre o sertão cearense. “Uma nova imagem e uma perspectiva de produção a uma região que sempre é relacionada à seca e a miséria”, analisou Ivoneide, ressaltando também, os benefícios adquiridos pelos agricultores familiares, como a garantia da compra de seus produtos, além de situá-los como parte fundamental de uma cadeia produtiva.
No debate, estiveram presentes também os deputados Sérgio Aguiar, Lula Moraes, Manoel Castro e Artur Bruno, além das representações da Ematece, Fetraece, e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social
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