Política: Temer escolhe Aloysio Nunes Ferreira para o Itamaraty

Aloysio Nunes
Pedro França/17.02.2014/Agência Senado
O presidente Michel Temer escolheu nesta quinta-feira (2) o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do governo no Senado, para ocupar a vaga deixada por José Serra no Ministério das Relações Exteriores. 

A posse de Aloysio Nunes Ferreira (SP) será na terça-feira (7) às 15h30. Na data, Osmar Serraglio também será empossado ministro da Justiça. No Senado, o primeiro suplente de Aloysio é Airton Sandoval Santana, que já foi deputado federal por quatro mandatos e suplente. 

O anúncio oficial foi feito pelo porta-voz da Presidência, Alexandre Parola. 

— Homem público de larga experiência política, seja no Legislativo, seja no Executivo, o senador Aloysio Nunes Ferreira, tem uma longa trajetória de engajamento nas causas da diplomacia brasileira e na agenda internacional do Brasil. Seu período como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal é um exemplo claro do elevado valor e das importantes contribuições que o senador Aloysio Nunes Ferreira traz para a promoção e da defesa dos interesses da nossa política externa. 

Mais cedo, nesta quinta, o senador teve uma reunião com o presidente Temer. 

O PSDB — que tinha a vaga no Itamaraty até a saída de José Serra, na semana passada, por motivo de saúde — havia apresentado três nomes a Temer: Aloysio Nunes, o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, e o também senador Antonio Anastasia (MG).

Anastasia já teria informado ao partido que não tinha interesse na vaga e Amaral, apesar das ligações históricas com o PSDB (foi porta-voz de Fernando Henrique Cardoso na Presidência), é um nome técnico e não político.

Investigações

Aloysio foi candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014 e é citado em investigações derivadas da operação Lava Jato. Em fevereiro do ano passado, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), anexou novos fatos sobre o senador Aloysio e o ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em um inquérito mantido sob sigilo na Corte. O inquérito de Aloysio não faz parte da operação Lava Jato, mas tanto ele quanto o ex-ministro são investigados por supostos crimes eleitorais com base na delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, obtida no âmbito da Operação Lava Jato. Aloysio nega as acusações. 

Em 13 de fevereiro, o presidente Michel Temer disse que apenas ministros que virarem réus serão afastados do governo. Citados em delações e investigados, portanto, permanecem no governo.

Fonte: R7.COM

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