Quixadá - Sistema de consórcio construirá aterro sanitário

Área de coleta regional deverá ser instalada a pelo menos 20Km de distância do aeroporto a cidade.


Os serviços de recuperação e ampliação do aterro sanitário de Quixadá foram iniciados no último dia 7 de julho, mas o alívio final para a população da maior cidade do Sertão Central será a construção de uma nova área de armazenamento de resíduos sólidos, em sistema consorciado.

O novo aterro será implantado em uma área despovoada, entre este Município e a cidade de Choró. A divulgação foi feita pelo secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Joaquim Gomes Neto. A novidade pegou um grupo de parlamentares de surpresa.
Acompanhados da presidenta da Câmara de Vereadores de Quixadá, Edi Leal, os vereadores Audênio Moraes, César Augusto de Oliveira, Dada Almeida e José Maria Queiroz, acompanhavam Joaquim Neto em uma inspeção no aterro, uma missão parlamentar, como essas expedições são definidas pelo Poder Legislativo local.

Além deles, o presidente da secção regional da OAB, Gladson Alves, participava da visita. Queiram saber porque as nuvens de fumaça estavam surgindo com mais frequência naquele local e atingindo boa parte da cidade. Ouviram muito mais.

Além das explicações, divulgadas no Diário do Nordeste no último dia 2, o secretário municipal de Comunicação, Carlos Vitorino Cavalcante, o Carlinhos Vereador, como é conhecido popularmente, apontou a possibilidade de incêndio criminoso no lixo. "O vigia nos informou sobre alguns invasores, viu eles ateando fogo, mas teve receio de enfrentá-los", justificou aos vereadores. Ele acrescentou que o colapso no armazenamento não é maior porque o município desenvolve um sistema de coleta seletiva.

"Mesmo assim, o nosso aterro estará esgotado em pouco tempo. Esta área também não é apropriada para o despejo do lixo. Está muito próxima da cidade. O novo aterro deverá ser construído a pelo menos 20Km de distância do aeroporto e de locais povoados. Essas são as principais exigências do Governo do Estado", esclareceu Joaquim Neto, acreditando no novo modelo como solução.

Abordada sobre a implantação do aterro consorciado, a secretária da Associação dos Municípios do Sertão Central (Amusc), Valdênia Nascimento, ficou surpresa.

Histórico

Desde o início da década, os prefeitos do Sertão Central se reúnem para discutir o destino do lixo urbano. Em 2001, chegaram a elaborar um Plano de contenção dos resíduos sólidos para as cidades da região. Nele, estava a contemplação do consórcio como alternativa. Até hoje não saiu do papel.

Em seguida, a articuladora da Amusc manteve contato com o orientador regional do Núcleo de Resíduos Sólidos da Secretaria das Cidades, Paulo César Abreu Alves. Segundo ela, o técnico confirmou a implantação do serviço consorciado.

Diante da orientação, o presidente da Amusc, Wilson de Pinho, atual prefeito de Madalena, está marcando encontro com os prefeitos de Quixadá, Quixeramobim, Banabuiú, Choró, Ibaretama e Ibicuitinga para o dia 5 de agosto próximo, na Câmara de Vereadores de Quixadá. Apesar do seu município não integrar o perímetro a ser consorciado, ele espera definir o mais rápido possível em qual cidade funcionará.

FIQUE POR DENTRO
Consórcios

Desde 2008, por meio da Secretaria das Cidades, o Governo do Estado trabalha na implantação de aterros consorciados no Ceará. Atualmente, a Coordenadoria de Saneamento Ambiental estimula a criação de 15 unidades regionais, dentre elas as de Acaraú, Aracati, Assaré, Canindé, Cascavel, Crateús, Icó, Iguatu, Ipu, Itapajé, Itapipoca, Nova Russas, Pacajus, Pedra Branca e Quixadá. Os consórcios de Camocim, Crato, Limoeiro do Norte, São Benedito e Sobral estão em processo de conclusão. Essa fase demora em média oito meses. A etapa seguinte é a elaboração do projeto de engenharia.

MAIS INFORMAÇÕES:
Secretaria das Cidades
(85) 3101.4447
Associação dos Municípios do Sertão Central (Amusc) - (88) 3414.4733

Alex Pimentel Colaborador Diário do Nordeste.

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