Quixadá. A Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) autorizou a continuação das obras de construção do campus avançado da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Quixadá. O embargo ocorreu há seis meses, por conta da falta de licença ambiental. A paralisação foi comemorada por ambientalistas e gerou protestos dos estudantes universitários. Os interesses opostos levaram os dois grupos às ruas da cidade. Realizaram passeatas contra e a favor do embargo. A situação agora é inversa. Segundo o técnico da Semace e presidente da Comissão Gestora do Monumento Natural dos Monólitos de Quixadá, Ivan Botão, as mobilizações não interferiram no parecer final. As irregularidades foram detectadas. Além da falta da licença, havia a necessidade de adequar a obra à área de construção. Os serrotes da Nariguda e do Cedro ficam logo atrás do complexo de ensino. Integram uma das 13 unidades de conservação permanente tombadas pelo Iphan. Ele acrescentou ter havido necessidade de análise do impacto ambiental causado pela obra. Uma equipe da Semace fez a inspeção. Os cinco hectares onde o campus está sendo erguida estão em uma das zonas de amortecimento dos monólitos. A UFC assinou Termo de Ajustamento e adequou o projeto às necessidades ambientais. Dentre as exigências estabelecidas pela Semace, a UFC deverá instalar uma estação de tratamento de esgoto e também recuar os pavilhões em relação à margem da via de acesso ao Açude do Cedro. O presidente do Instituto de Convivência com o Semi-Árido, Osvaldo Andrade, ingressou com pedido junto ao Ministério Público Federal, solicitando a interrupção da obra. Ele volta a afirmar a existência de irregularidades na construção. Está localizada dentro de uma área de preservação natural. O ambientalista acrescentou não ser contra a construção do campus em Quixadá. Apenas considera o local inadequado.
Fonte:www.diariodonordeste.com.br
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