As discussões pela reativação do posto policial da Juatama, na sessão de sexta 6 de fevereiro, levaram os vereadores a fazerem uma avaliação das políticas públicas de segurança no município. O parlamentar Audênio Moraes (PT), autor do requerimento, revelou que a unidade da Polícia Militar em seu distrito foi desativada desde a saída do tenente coronel Luciano Barroso, em janeiro passado. Segundo ele, durante um dois e meio, a alimentação dos policiais do posto foi mantida por recursos de seu próprio bolso. “Até quando temos de costurar as deficiências do Governo do Estado?”, questionou.
O vereador Cezar Augusto (PSDB) afirmou que a realidade no Cipó dos Anjos é mais grave porque o distrito é um dos mais distantes da sede (42 km). O parlamentar pede que, pelo menos, nos finais de semana o distrito tenha um plantão policial. Ele ainda criticou o fato de só haver investimentos do Governo do Estado quando é possível ter um retorno. “Não faltam recursos para investir em viaturas de luxo para Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRV) porque eles arrecadam multas para o Estado”, disse. Já a vereadora Adriana Severo (PV) que também atua no distrito alertou que a região é mais perigosa porque faz divisa com a Barra do Sitiá,nas proximidades do Vale do Jaguaribe. “Quando acontece algum crime na região não temos assistência porque, segundo o Batalhão da Polícia Militar, não há combustível para a viatura se deslocar”, denunciou.
Conforme o vereador Ivan Benício (PT), a situação de desamparo no Custódio é pior. “Já enviamos um ofício pedindo policiamento no final de semana para o distrito e há mais de um ano não vai um policial lá”, afirma. Segundo o vereador é necessário formar uma comissão para reivindicar melhorias na segurança pública do município. “É inadmissível que depois das 22 horas não se possa fazer um boletim de ocorrência na Delegacia Municipal porque não há pessoal disponível”, criticou.
A falta de investimentos em recursos humanos também foi criticada por Audênio Moraes e Cí (PSDB). “Visitei o quartel para solicitar policiamento e acompanhei duas situações lamentáveis. Primeiro, a total impossibilidade de fazer o policiamento de toda a região do Sertão Central com apenas 180 homens. Segundo, vi a falta de estrutura do Batalhão. Os policiais aquartelados estavam, neste dia, sem almoço porque não havia botijão de gás para fazer a comida”, revelou. O vereador Cí disse que isso é resultado da falta de investimento do Estado. “Há vários anos o Batalhão de Quixadá tem o mesmo contingente policial, mesmo com o significativo aumento populacional”.
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