Além de José Pimentel, o PT cogita ainda mais dois senadores para ocupar o cargo que controla o orçamento do Senado, da ordem de R$ 3 bi.
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Recém-eleito senador, José Pimentel (PT) pode já assumir de cara um cargo de grande prestígio e poder na Casa. O petista é um dos cotados pela bancada do partido para comandar a cobiçada primeira secretaria do Senado.
No entanto, conforme O POVO apurou, o senador pelo Ceará ainda tem, pelo menos, dois concorrentes na legenda de olho na possibilidade de assumir o posto: os também senadores eleitos, Wellington Dias (PI) e Jorge Viana (AC).
Depois de sete anos nas mãos do DEM, a primeira secretaria vai ser controlada agora pelo PT, a partir de fevereiro do ano que vem.
Com a segunda maior bancada - 14 senadores -o partido teve direito, pela proporcionalidade, a escolher comandar a “prefeitura” do Senado, como é chamado o posto, na tentativa de ampliar seu poder administrativo no Congresso.
Isso porque o cobiçado cargo da Mesa Diretora controla nada menos que um orçamento superior a R$ 3 bilhões e administra cerca de seis mil servidores.
Embora neófito no Senado, Pimentel é visto com bons olhos para o cargo tanto pelo fato de ter sido ministro da Previdência -e próximo ao Palácio do Planalto -, como por ter sido relator do orçamento da União de 2008, um dos mais complicados do governo Lula (PT), quando passou a não mais contar com a receita da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).
Na ocasião, teve de haver readequação do orçamento sem os R$ 40 bilhões oriundos do tributo e uma ampla negociação com todos os poderes.
Ainda pesa a favor de Pimentel, quanto a atributos técnicos, os quase 14 anos na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara dos Deputados.
A assessoria de José Pimentel disse que o senador eleito não vai se manifestar, tendo em vista que “existe um amplo processo de discussão natural na bancada do PT”.
Além de poder, o novo primeiro secretário deve herdar também pendências deixadas pelo atual ocupante do cargo, senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
Entre as importantes decisões, está a polêmica implantação do ponto eletrônico na Casa, além de gastos milionários, como a construção de um túnel ligando o Congresso ao Palácio do Planalto e troca por uma nova frota de carros para o Senado.
Reuniões
A assessoria do atual líder da bancada petista no Senado, Aloizio Mercadante, também informou que o senador ainda não pode se pronunciar sobre o assunto, alegando que a indicação será feita pela nova bancada, após discutir o assunto em várias reuniões.
Foi explicado ainda que pode ser “constrangedor” falar sobre o assunto antes mesmo de se bater o martelo. “O senador Mercadante, que é o atual líder, não pode falar pela nova bancada”, acrescentou a assessoria. Para tanto, a bancada do PT tem se reunido toda semana para longos e reservados encontros.
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
Senador eleito, Pimentel foi ministro, relator da reforma da Previdência e do Orçamento de 2008, quando o Governo perdeu R$ 40 bilhões com o fim da CPMF. A 1ª secretaria é o cargo mais cobiçado do Senado depois da presidência.
Giselle Dutra O Povo.
